" História, o melhor alimento para quem tem fome de conhecimento" PPDias

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Divulgação: Minicurso - Histórias em Quadrinhos e História Política: usos e leituras


O minicurso tem como objetivo refletir sobre os usos políticos das Histórias em quadrinhos, nas mais diferentes abordagens e nos mais variados contextos históricos. Em outras palavras, problematizamos os quadrinhos (também conhecidos pela sigla HQs) como fonte para a História Política. Para tanto, consideramos as HQs como uma forma de manifestação política, na medida em que elas acabam, em maior ou menor grau, levantando polêmicas, hasteando bandeiras e engendrando opiniões nos contextos em que foram produzidos e veiculados. Deste modo, tal gênero de leitura presente de forma inegável nas sociedades contemporâneas será apresentado não apenas como suporte de ideias e valores, mas como resultado de práticas culturais elaboradas em diferentes conjunturas. O recorte temporal do minicurso é centrado em produções quadrinísticas de variados espectros ideológicos, nacionais e estrangeiras, produzidas desde antes da Segunda Guerra Mundial até os dias atuais. Haverá ainda espaço para tratar tanto das peculiaridades construtivas quanto da recepção das HQs.

Inscrições de 02/01/2017 a 05/02/2017​ através do site http://www.ephisufmg.com.br/mini-cursos/inscricao/





Historiador - Uma profissão, uma paixão


Gosto pela leitura é fundamental para o historiador

Carreira procura traçar os caminhos da humanidade.
Rigor e crítica para a investigação são qualidades exigidas.


Heródoto (século V a.C.),
um dos primeiros historiadores
cuja obra sobreviveu até
 os dias de hoje.
Quem somos nós? E para onde vamos? Talvez, analisando de um jeito bem simples, é a estas perguntas que um historiador pretende responder. Esse profissional estuda as implicações do passado no presente e novas formas de escrever o futuro. E os especialistas afirmam que para fazer o curso de história, é preciso muita paixão pelo conhecimento. 
 A faculdade de história, mais do que qualquer coisa, exige paciência e disciplina com os livros. “O gosto pela leitura é uma condição para fazer a faculdade”, afirma a coordenadora do curso na Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg), no Rio Grande do Sul, Doracina Alves Campos Sosa. “Percebemos que nossos alunos são muito exigidos em termo de leitura. Carregam muitos livros embaixo do braço”, brinca a professora. 
Mas, segundo ela, quem vai para a história tem de ter interesse por descobrir coisas; ser curioso na investigação, no reconhecimento do passado, e nas ligações entre o passado e o presente. Em resumo, o estudante tem de ser criterioso e crítico para não aceitar qualquer explicação sobre os rumos da sociedade.

 Há que se ter ainda um certo gosto pela educação, pois grande parte dos profissionais acaba se destinando a lecionar em escolas de ensino fundamental e médio. 

 Cursos
Como a docência é que abre mais postos de trabalho, existem no país, segundo dados de 2005 do Ministério da Educação (MEC), 346 cursos para a formação de professores de história e outros 91 para a graduação de bacharéis.

A diferença básica entre os dois tipos é que, para lecionar no ensino fundamental e médio, é preciso obter o título de licenciado em história. Já para a pesquisa científica ou lecionar nas universidades, é preciso obter o título de bacharel em história.

Muitas instituições oferecem os dois tipos de curso, e basta ao estudante complementar os estudos para obter os dois títulos. Mas nem sempre é assim. Por isso, na hora de escolher a faculdade, vale ficar de olho na modalidade oferecida.

Há ainda outros aspectos importantes na hora de escolher o curso. “É fundamental observar a formação do corpo docente: a qualificação, a produção, a inserção na área”, afirma o presidente da Associação Nacional de História (Anpuh), Manoel Luiz Salgado Guimarães. “O capital humano será o fundamental para a boa formação do profissional e deve orientar sua escolha pela universidade”. O site do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), permite conhecer o currículo dos docentes.

O tempo de graduação, de acordo com uma resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) deve ser de, no mínimo três ou quatro anos. O currículo, em geral, é composto por disciplinas como história do Brasil, da América, teoria da história, história das idéias, antropologia, história da arte.
 Quem quer ser historiador
O perfil dos ingressantes, segundo o vice-chefe do departamento de história da Universidade de São Paulo (USP), Marcos Napolitano, é bem variado. “Existem expectativas de ordem política, para ‘conhecer as sociedades humanas e seus conflitos’; motivações ligadas à busca de cultura histórica geral; expectativas ligadas ao gosto pelo patrimônio cultural da humanidade e pelas sociedades distantes no tempo”, diz.

“E também é comum alunos que já possuem alguma formação superior, por exemplo, economistas, advogados ou jornalistas, que buscam o curso de história para aumentar sua cultura humanística”, afirma.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Edição crítica de “Mein Kampf” vende 85 mil exemplares em um ano


Berlim – O Instituto de História Contemporânea de Munique (IfZ) informou nesta terça-feira que em um ano foram vendidos 85 mil exemplares da edição crítica de “Mein Kampf” (“Minha luta”), o ideário político de Adolf Hitler cuja publicação foi proibida durante 70 anos na Alemanha.
No final de janeiro chegará às livrarias a sexta edição da obra, dois volumes de 1.948 páginas que reúnem o texto original e Hitler, com seus pensamentos antissemitas e nacionalistas, e comentários que questionam e contextualizam suas afirmações.
Esta versão crítica começou a ser vendida na Alemanha em janeiro do ano passado após a liberação dos direitos de propriedade intelectual, que tinham ficado sob a custódia do Estado da Baviera depois da morte de Hitler, em 30 de abril de 1945.
As autoridades bávaras vetaram durante 70 anos a reedição do livro com o temor de que se transformasse em objeto de culto dos neonazistas e que fosse instrumentalizado pela extrema-direita, embora nunca tenha desaparecido completamente.
A obra, que teve impressa 12 milhões de exemplares até a capitulação do Terceiro Reich, era acessível tanto em edições estrangeiras como em sebos, já que sua venda nunca esteve estritamente proibida.
Com a liberação dos direitos de propriedade intelectual, a primeira versão colocada à venda foi a do IfZ, que rapidamente esgotou os primeiros quatro mil exemplares impressos.
Em comunicado, o diretor do IfZ, Andreas Wirsching, mostrou nesta terça-feira sua satisfação por conseguir um “equilíbrio” entre o trabalho científico básico e a contextualização histórico-política da obra e por fechar a lacuna existente nas pesquisas sobre o nazismo.
O objetivo da equipe editorial do Instituto, dirigida por Christian Hartmann, foi oferecer uma edição científica comentada e sólida da obra antes que alguém a colocasse à venda com interesses “propagantistas” e dar ferramentas para enfrentar de forma crítica a “demagogia” de Hitler.
O IfZ, afirmou Wirsching, era consciente que, além de um desafio científico, havia implicações sociais e políticas, por isso escolheu a própria editora do Instituto e fixou um preço justo (59 euros) para deixar claro que o objetivo não era ganhar dinheiro.
A versão comentada chegou a liderar a lista semanal da revista “Der Spiegel” com os livros de não ficção mais vendidos na Alemanha.
O Instituto, fundado em 1949 com o propósito inicial de investigar os fatores que possibilitaram o auge do nacional-socialismo, destacou os vários pedidos de instituições e universidades interessadas em organizar apresentações e debates em torno de sua obra.
Segundo o IfZ, a preocupação inicial perante a possibilidade de a obra ser instrumentalizada e impulsionar o ideário neonazista era infundada.
A edição comentada, destacou Wirsching, permite conhecer precisamente “as raízes sinistras e as consequências das ideologias totalitárias”.
Fonte: EXAME.com

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