" História, o melhor alimento para quem tem fome de conhecimento" PPDias

domingo, 30 de setembro de 2012

Caixões de pedra de mil anos são encontrados em região das Filipinas


Sítio arqueológico foi descoberto no meio de floresta na região de Mulanay.
Segundo pesquisadores, local já foi saqueado algumas vezes.


Arqueólogos encontraram na cidade de Mulanay, nas Filipinas, um cemitério com mais de mil anos de idade encravado na floresta tropical. De acordo com a agência de notícias "France Presse", o sítio arqueológico continha vários caixões feitos com pedra calcária, que mediam cerca de seis metros de comprimento.
O anúncio sobre a descoberta do sítio foi feito há uma semana, mas nesta quinta-feira (27) foram divulgadas imagens do local.

Funcionários do governo local conseguiram encontrar restos mortais dentro dos túmulos, como mandíbulas e outras partes de ossos. Entretanto, os pesquisadores afirmam que o local já passou por diversos saques de artefatos valiosos, que teriam sido roubado há muito tempo por "caçadores de tesouros".
Imagem de sítio arqueológico com caixões feitos com pedra calcária, encravado na floresta tropical. (Foto: Ted Aljibe/AFP)
Imagem de sítio arqueológico com caixões feitos com pedra calcária, encravado na floresta tropical (Foto: Ted Aljibe/AFP)
Fonte: G1

Um pouco de reflexão histórica...


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

20 Anos do impeachment de Collor.

Já se passaram 20 anos do movimento que levou ao impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo. Saiba o que aconteceu com cada um dos personagens envolvidos neste episódio recente da História da República brasileira. 

Clique na imagem e abra um infográfico sobre o assunto.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Um encontro de personalidades históricas.

Conheça a origem e os personagens históricos de uma das pinturas mais interessante e criativa dos últimos tempos.
Pintada por artitas Chineses, Dai Dudu, Li Tiezi y Zhang An, pintura a oleo, 2006. 

 
Esta pintura é verdadeiramente surpreendente.

Mais surpreendente ainda, por sua tela ter sido computadorizada.
Quando clicar no link mais abaixo, 
uma versão maior da pintura aparecerá. Passe o cursor do mouse por cima das pessoas e o programa dirá quem é cada um deles. Se clicar sobre a pessoa, terá sua biografia e história. 
Quando a história aparecer, do lado esquerdo, há a possibilidade de traduzir o texto para vários idiomas.

Escolha o seu preferido e boa leitura!

sábado, 22 de setembro de 2012

Gibis retratam o conflito entre EUA e URSS



Reprodução
O Quarteto Fantástico 
enfrenta o Doutor Destino
Guerra Fria foi uma disputa travada durante quase cinco décadas pelas duas superpotências vencedoras da Segunda Guerra Mundial: os Estados Unidos e a União Soviética. Foi um período marcado por muita espionagem e propaganda política, tanto do lado norte-americano quanto do soviético. Não bastasse tudo isso, armas atômicas seriam usadas caso as duas superpotências partissem para o conflito militar direto.

Foi durante a Guerra Fria que uma nova onda de super-heróis surgiu nos gibis norte-americanos, especialmente nos da Marvel Comics (hoje a maior editora de quadrinhos do mundo). Você certamente já ouviu falar dessas personagens, pois várias foram adaptadas para o cinema nos últimos anos, com grande sucesso de bilheteria. Dentre essas personagens, podemos destacar o Homem-Aranha, os X-Men, o Hulk e o Quarteto Fantástico.

Aqui, falaremos da relação delas com a Guerra Fria. Afinal, embora sejam fictícias e tenham sido criadas apenas para entretenimento, seus criadores se inspiraram na época que viviam. Começaremos pelo Quarteto Fantástico, o primeiro gibi da Marvel em que o escritor-editor Stan Lee fez parceria com o desenhista Jack Kirby.

O Quarteto Fantástico

O primeiro gibi do Quarteto Fantástico foi publicado em novembro de 1961 -ou seja, poucos meses depois de o cosmonauta soviético Yuri Gagarin ter-se tornado o primeiro ser humano a viajar para o espaço, realizando um voo orbital (12 de abril de 1961), e quase uma década antes de o astronauta norte-americano Neil Armstrong ter sido o primeiro homem a pisar na Lua (20 de julho de 1969). Assim, o Quarteto Fantástico foi lançado na mesma época em que os EUA e a URSS disputavam a corrida espacial.

O próprio surgimento desse grupo de heróis faz alusão à Guerra Fria: no início da história, pouco antes de os quatro futuros heróis viajarem para o espaço, a narração menciona que os EUA estão numa "corrida espacial" com "uma potência estrangeira". Claro que a tal "potência estrangeira" era a URSS, mas, diferentemente do que tinha acontecido durante a Segunda Guerra Mundial, os autores dos gibis da Guerra Fria preferiam não dar nome aos bois quando se referiam aos "inimigos da América".

No gibi, o Quarteto Fantástico tem origem um pouquinho diferente daquela contada no filme de 2005: quatro amigos - o cientista Reed Richards; sua noiva, Sue Storm; o irmão adolescente dela, Johnny Storm; e o piloto de foguetes Ben Grimm - embarcam num foguete experimental, voam para o espaço e são bombardeados por raios cósmicos. Ao voltarem para a Terra, descobrem que os raios cósmicos os afetaram, dando-lhes superpoderes.

Richards consegue esticar partes de seu corpo e assume o codinome Senhor Fantástico (qualquer semelhança com outro super-herói, o Homem-Borracha, não é mera coincidência); Sue se torna a Garota Invisível (anos depois, mudará o nome para Mulher Invisível, pois em nossos tempos "politicamente corretos" é considerado machismo chamar de "garota" uma mulher adulta); Johnny vira o Tocha Humana; e Ben, o monstruoso Coisa. Os raios cósmicos existem mesmo, mas na vida real eles matam, como seu professor ou professora de ciências poderá lhe explicar. 

A corrida espacial não é a única alusão à Guerra Fria que encontramos nos primeiros gibis do Quarteto Fantástico. O principal inimigo do Quarteto era o Doutor Destino, que governava literalmente com mãos de ferro um pequeno país do Leste Europeu, bem na região onde se concentravam os países do bloco socialista.

Na tradução feita no Brasil, o nome dado ao país do Doutor Destino era "Latvéria", o que poderia levar a concluir que se tratava de uma terra imaginária. Mas, no original, o nome era "Latvia" - cuja tradução correta para o português é Letônia, na época uma das repúblicas que compunham a URSS. O próprio visual do vilão, com sua armadura de ferro, pode ser referência à "Cortina de Ferro", a expressão popularizada pelo ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill para se referir aos países da Europa oriental que ficaram sob influência da URSS após a Segunda Guerra Mundial. 

O Incrível Hulk

O Incrível Hulk, segunda criação da parceria Stan Lee-Jack Kirby, também refletia o contexto da Guerra Fria. No primeiro número do gibi, lançado em maio de 1962, ficamos sabendo como o cientista Bruce Banner se tornou o Hulk: ele tenta salvar um adolescente que invadiu o local onde se testará pela primeira vez a "bomba gama" (projetada pelo próprio Banner) e fica exposto aos raios gama quando a bomba é detonada propositalmente por seu assistente, um espião iugoslavo disfarçado.

reprodução
Capa do n. 1 de O Incrível Hulk
Banner, em vez de morrer de leucemia ou queimaduras radiativas (que é o que aconteceria na vida real), descobre que os raios gama alteraram a química de seu corpo. Agora, sempre que se enfurece, é humilhado ou entra em pânico, ele se transforma no Hulk, um brutamontes capaz de levantar toneladas. Curiosamente, o Hulk era para ser cinzento, mas falhas de impressão no primeiro número do gibi fizeram que ele aparecesse esverdeado em alguns quadrinhos. Assim, o verde se tornou sua cor definitiva. 
Até o fato de Banner ser físico nuclear tinha relação com a Guerra Fria. Desde o Projeto Manhattan (o qual desenvolveu as bombas atômicas que foram lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki), os físicos nucleares tinham "importância estratégica" para o governo dos EUA. Vale recordar que, segundo alguns historiadores, as bombas atômicas usadas contra o Japão marcaram não apenas o fim da Segunda Guerra Mundial, mas o começo da Guerra Fria.

Segundo tal interpretação, o ataque a Hiroshima e Nagasaki teria sido a forma que os EUA encontraram de mandar o seguinte recado à URSS: "Cuidado conosco! Nós temos a bomba!" Depois disso, a procura por carreiras científicas, sobretudo em física nuclear, aumentou consideravelmente nas universidades norte-americanas. Bruce Banner, assim como os físicos do Projeto Manhattan, trabalha para os militares; e a "bomba gama" explode no deserto do Novo México, região dos EUA onde foram mesmo realizados os primeiros testes atômicos.

Outro elemento da Guerra Fria presente na saga do Hulk é o espião iugoslavo. Naquela época, histórias de espionagem eram comuns tanto na ficção quanto na realidade. Além disso, a Iugoslávia era um dos países do Leste Europeu onde os comunistas haviam chegado ao poder. (No entanto, os iugoslavos eram um caso à parte: o então governante do país, o marechal Tito, principal líder da resistência contra os invasores alemães durante a Segunda Guerra Mundial, não seguia todos os ditames da União Soviética; por isso, o modelo socialista adotado na Iugoslávia era um pouco diferente daquele que predominava nos outros países do Leste.)

Em suas primeiras aventuras, o Hulk enfrentou vários vilões comunistas, mas havia igualmente críticas aos EUA. Em primeiro lugar, porque o principal inimigo do Hulk era o general Ross, também pai da namorada de Banner. Ou seja, em muitas histórias do Hulk, o inimigo era o próprio Exército norte-americano, sempre perseguindo o gigante verde. E não se deve esquecer que o Hulk era um monstro criado pelo horror atômico. Ao conceberem a história, Stan Lee e Jack Kirby pretenderam transmitir uma lição de moral: Banner é vítima de uma arma que ele mesmo projetou, e o cientista sente remorsos por isso.
Túlio Vilela*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Um pouco de reflexão histórica...



Seja bem vinda a Primavera!




sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Macaco Tião, o melhor candidato para a próxima eleição.






Macaco Tião (Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1963 - Rio de Janeiro, 23 de dezembro de 1996) é o nome de um chimpanzé do Zoológico do Rio Janeiro que era bastante querido pelas crianças e outros frequentadores do zôo.
Seu nome "Tião" é uma homenagem ao padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, São Sebastião.
Já desde a década de 1980, era famoso por seu temperamento, considerado "mal-humorado", e pelo costume de atirar excrementos e lama em visitantes, e especialmente em políticos, como por exemplo Marcello Alencar.
Com 1,52m de altura e 70kg, o Macaco Tião tornou-se uma celebridade no Brasil, quando em 1988, após uma brincadeira criada pela revista Casseta Popular em defesa do voto nulo, foi lançada a sua candidatura não oficial para a Prefeitura do Rio de Janeiro. Como na época o voto era em cédulas e não em urna eletrônica, os votantes podiam escrever o que desejassem na cédula. Estima-se que o Macaco Tião tenha "recebido" naquele pleito mais de 400 mil dos votos dos eleitores, alcançando o que seria equivalente ao terceiro lugar, de um total de doze candidatos. Este fato o fez constar no Guinness World Records como o chimpanzé a receber mais votos no mundo. Como Tião não era um candidato reconhecido pelo Tribunal Regional Eleitoral, todos os votos dados para ele foram considerados nulos.
A partir do pleito de 1996 os eleitores passaram a ficar impossibilitados de votar no Macaco Tião, pois nesse ano a urna eletrônica substituiu a votação por cédulas onde os eleitores tinham que digitar o número do candidato ao invés de escrever o nome.
O Macaco Tião sempre foi motivo de grande atenção. Ele ocupava um recinto nobre no zôo, especialmente construído para ele.
Famoso nacionalmente, vários jornais brasileiros, e também o frances Le Monde registraram a notícia do falecimento do macaco, em 23 de dezembro de 1996. Tião morreu de diabetes, aos 34 anos, tendo sido decretado luto oficial de 3 dias no município do Rio, bem como as bandeiras da Fundação RioZoo tendo sido hasteadas a meio-mastro. Seus restos mortais foram levados para o Centro de Primatologia do Estado do Rio de Janeiro - CPRJ, que fica localizado na cidade de Guapimirim, onde seu esqueleto encontra-se preservado até os dias de hoje.

Fonte: Wikipédia

Um pouco de mineiridade...

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O presente não existe.

Não é extraordinário pensar que dos três tempos em que dividimos o tempo - o passado, o presente e o futuro -, o mais difícil, o mais inapreensível, seja o presente? O presente é tão incompreensível como o ponto, pois, se o imaginarmos em extensão, não existe; temos que imaginar que o presente aparente viria a ser um pouco o passado e um pouco o futuro. Ou seja, sentimos a passagem do tempo. Quando me refiro à passagem do tempo, falo de uma coisa que todos nós sentimos. Se falo do presente, pelo contrário, estarei falando de uma entidade abstracta. O presente não é um dado imediato da consciência.
Sentimo-nos deslizar pelo tempo, isto é, podemos pensar que passamos do futuro para o passado, ou do passado para o futuro, mas não há um momento em que possamos dizer ao tempo: «Detém-te! És tão belo...!», como dizia Goethe. O presente não se detém. Não poderíamos imaginar um presente puro; seria nulo. O presente contém sempre uma partícula de passado e uma partícula de futuro, e parece que isso é necessário ao tempo.

Jorge Luís Borges, in 'Ensaio: O Tempo'

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Um pouco de reflexão histórica...


Aniversário da morte de Jimi Hendrix


No dia 18 de setembro de 1970 morria o lendário guitarrista, cantor e compositor norte-americano Jimi Hendrix. Ele morreu aos 27 anos, em um hotel em Londres. De acordo com o médico que o atendeu inicialmente, Hendrix tinha se asfixiado em seu próprio vômito, composto principalmente de vinho tinto. Contudo, sua morte é alvo de controvérsias até hoje. 

Nascido no dia 27 de novembro de 1942, na cidade de Seattle, (EUA), Hendrix é considerado por críticos e músicos como o melhor guitarrista da história do rock e um dos mais importantes e influentes músicos do seu tempo, em diferentes estilos musicais. Após fazer sucesso na Europa, conquistou fama nos Estados Unidos depois de uma apresentação em 1967, no Festival Pop de Monterey. Três anos mais tarde, Hendrix foi a principal atração do lendário Festival de Woodstock e do Festival da Ilha de Wight, em 1970.

Sua carreira começou a deslanchar por volta de 1966, quando já tinha a própria banda, Jimmy James and the Blue Flames. Hendrix foi descoberto por Chas Chandler, baixista do grupo britânico The Animals que o levou à Inglaterra, onde Jimmy assinou contrato de produção e agenciamento e também formou uma nova banda, The Jimi Hendrix Experience, com o baixista Noel Redding e o percussionista Mitch Mitchell.

Não demorou muito, suas primeiras apresentações em Londres foram um sucesso. Em seguida, obteve mais fama com "Purple Haze", "The Wind Cries Mary" e "Hey Joe", músicas que, na época, chegaram aos top 10. Em 1967, o grupo lançou seu primeiro álbum, "Are You Experienced", que fez um enorme sucesso. Ao mesmo tempo, as apresentações de Hendrix se tornaram ainda mais explosivas. Em março deste ano, ele foi levado para o hospital com queimaduras depois de pôr fogo em sua guitarra pela primeira vez no Astoria Theatre, em Londres. No Festival Pop de Monterey, Hendrix voltou a incendiar e quebrar sua guitarra. Depois, em dezembro de 1967, lançou o álbum “Axis: Bold as Love”, que seguiu o estilo de “Are You Experienced”.

Nesta época, Hendrix também vivia atritos com Noel Redding e abusava de drogas e álcool. Essa combinação explosiva resultou em sua prisão no começo de 1968, em Estocolmo, ao destruir um quarto de hotel por conta de um ataque de fúria pela embriaguez.

Pouco tempo depois, veio o terceiro álbum, o duplo Electric Ladyland (1968), com a clássica versão da música de Bob Dylan "All Along the Watchtower". Nesta época, Hendrix decidiu retornar aos EUA e criar seu próprio estúdio em Nova Iorque, batizado de "Electric Lady". Ao mesmo tempo que queria abrir seu horizonte musical, seu relacionamento com a banda foi piorando e o Experience acabou em 1969.

Em agosto, formou uma nova banda, Gypsy Suns and Rainbows, para tocar no Festival de Woodstock. Esta formação teve vida curta e Hendrix integrou um novo trio com velhos amigos, o Band of Gypsys. Antes da sua morte, Hendrix iria começar um novo projeto, com a banda chamada HELP (Hendrix, Emerson, Lake & Palmer).

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Descoberta de tecidos de mamute na Sibéria cria expectativa sobre clonagem de animal extinto

Pesquisadores trabalham nos fragmentos de
fóssil de mamute encontrado na Sibéria
Após a descoberta de pedaço de tecido de mamute no leste da Sibéria, alguns cientistas da Rússia e Coreia do Sul anunciaram a possibilidade de uma possível clonagem deste animal extinto há 4 mil anos. O material, que pode conter células vivas, estava enterrado no permafrost, o solo permanentemente congelado.

A existência destas células ainda precisa se confirmada pelo laboratório sul-coreano envolvido na pesquisa, mas suspeita-se que o número seja insuficiente para a realização do experimento, que vem sendo criticado e recebido com ceticismo por outros cientistas que realizam pesquisas na mesma área.

Diante disso, a equipe envolvida neste trabalho se esforça por obter credibilidade, já que há dúvidas sobre a possibilidade de que algo possa permanecer vivo durante milênios no permafrost. Estima-se que o mamute foi extinto há menos de 4 mil anos. Elevação da temperatura, mudanças na vegetação e os seres humanos teriam contribuído para o desaparecimento definitivo do animal.


Leia Mais: Último Segundo

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O destino dos negros na Alemanha nazista.


Pouco se sabe sobre a pequena comunidade negra que viveu na Alemanha na época do Terceiro Reich. A Deutsche Welle lança um olhar sobre suas estratégias de sobrevivência durante o regime opressor de Hitler.
Entre 20 mil e 25 mil negros viviam na Alemanha durante o regime nazista. Quando questionados sobre os negros no Terceiro Reich, os alemães costumam falar sobre a mostra Afrika Schau. Em seu livro Hitler's Black Victims (As vítimas negras de Hitler, em tradução literal), o pesquisador norte-americano Clarence Lusane descreve Afrika Schau como uma mostra itinerante iniciada em 1936.
Os responsáveis pelo "show" eram Juliette Tipner, cuja mãe era da Libéria, e seu marido branco, Adolph Hillerkus. O objetivo do "espetáculo" era mostrar a cultura africana na Alemanha.
Em 1940, a Afrika Schau foi retomada pela SS e por Joseph Goebbels, que "esperava que isso fosse útil não só para propaganda e fins ideológicos, mas também como maneira de reunir todos os negros no país sob um mesmo teto", escreve Lusane. Para seus participantes, a Afrika Schau tornou-se um meio de sobrevivência na Alemanha nazista.
Negro em prisão nazista
Para a historiadora norte-americana Tina Campt, cuja pesquisa trata da diáspora africana na Alemanha, "era possível que os negros nela envolvidos a usassem para fins não previstos por quem a organizou. Se por um lado a Afrika Schau desumanizou pessoas, por outro lado, para os participantes, era uma oportunidade de ganhar dinheiro, como também um local para se comunicar com outros negros".
Contudo, o show não teve sucesso e foi encerrado em 1941. Além disso, ele não tinha condições de reunir todos os negros no país sob um pavilhão, possivelmente porque ele só aceitava negros de pele mais escura, segundo o estereótipo do que era considerado africano.
Os "bastardos da Renânia"
A maioria dos negros de pele mais clara que vivia na Alemanha durante o Terceiro Reich era formada por mestiços, e um bom número deles eram filhos dos soldados franceses negros das tropas de ocupação com mulheres da Renânia.
A existência dessas crianças é e continua sendo de conhecimento público, porque elas foram mencionadas no livro Minha Luta, de Hitler. Na Alemanha nazista, eles foram descritos com o termo depreciativo "bastardos da Renânia".
A Deutsche Welle conversou com o historiador alemão Reiner Pommerin para descobrir o que aconteceu com estas crianças. "Publiquei um livro nos anos 1970 sobre a esterilização dos mestiços. Foram crianças geradas pelas forças de ocupação – principalmente as francesas", disse.
Seu livro Esterilização dos bastardos da Renânia. O destino de uma minoria negra alemã 1918 - 1937enfoca a esterilização da minoria negra na Alemanha nazista.

domingo, 2 de setembro de 2012

Derretimento de geleira na Itália revela munição da 1ª Guerra Mundial


Mais de 200 peças de munição usadas na 1ª Guerra Mundial surgiram depois do derretimento de geleira no pico de uma montanha em Trentino, na Itália. Cada peça encontrada pesa entre 7 e 10 kg.
Os artefatos de guerra foram descobertos a uma altitude de 3.200 metros, quando a geleira Ago de Nardis foi parcialmente derretida devido a uma recente onda de calor que atingiu em picos mais altos da Itália. A unidade de polícia dos Alpes viu pontos de metal emergirem do gelo espalhados em uma área de 100 metros quadrados.
Especialistas estiveram no local e disseram que as munições não foram descartadas, mas utilizadas durante a série de batalhas entre os exércitos do Império Austro-Húngaro e Itália entre 1915 e 1918.
Munição usada na 1ª Guerra Mundial descoberta na Itália. (Foto: Maffei Glauco/EPA/EFE)Munição usada na 1ª Guerra Mundial descoberta na Itália. (Foto: Maffei Glauco/EPA/EFE) - Fonte: G1.com

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