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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Haiti, uma revolução negra na América.

Colônia francesa nas Antilhas, a ilha de São Domingos, embora habituada a constantes rebeliões de escravos, presenciou uma revolta negra sem precedentes na História. Em agosto de 1791, liderados por um homem de estatura gigantesca chamado boukman, escravos rebeldes tentaram tomar a sede do governo, Cap-Français. A repressão resulta na morte do líder do movimento, porém a revolução já se espalhara por toda a ilha e mulatos livres aderiram à causa, pegando em armas e exigindo a promessa de igualdade entre brancos e negros feita pela  Revolução Francesa em setembro 1791.
Dois anos depois, a Convenção Nacional francesa cede à pressão de uma delegação eleita em São domingos e decreta a abolição definitiva da escravidão em todas as colônias francesas. Nessa época, o movimento insurrecional estava nitidamente separado: de um lado estavam os negros, liderados pelo ilustrado Toussaint L'Overture e, de outro, os mulatos, chefiados por André Rigaud. As duas facções iniciam, em 1801, uma guerra civil que culminaria com o domínio de Rigaud sobre a parte espanhola da ilha.
Toussaint governa o lado francês sob uma Constituição elaborada pelos revoltosos até a chegada de tropas napoleônicas. Preso, L'Ouvert é levado para Paris onde falece dois anos depois.
No entanto, o movimento não cessa e sob o comando de um ex-escravo chamado Dessalines, os insurretos declaram a ilha independente em 1804, rebatizando-a com seu antigo nome indígena: Haiti. O pavor que algo semelhante ocorresse por toda a América alertou a elite colonial e ficou conhecido por haitianismo. 

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