" História, o melhor alimento para quem tem fome de conhecimento" PPDias

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2011 um ano realmente para a História


2011 realmente foi um ano marcante, a terra tremeu, o mar se levantou, a natureza revoltou-se, ditadores caíram, economias caíram, líderes morreram e o povo não se calou. 2011 foi como alguns diriam, "tudo ao mesmo tempo agora". Quem sabe daqui algum tempo poderemos falar que 2011 foi um segundo 1968.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O fim da União Soviética

15/12/2011

Entenda o fim da União Soviética

DE SÃO PAULO
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Vinte anos após o fim da União Soviética, a Rússia ainda defende o legado soviético com o objetivo de manter a todo custo sua imagem de potência mundial diante do impulso do Ocidente e da China.

O ato de morte da URSS foi pronunciado em 8 de dezembro de 1991 com a criação da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), que reúne hoje as antigas repúblicas soviéticas, com exceção da Geórgia e dos três Estados bálticos.

Por meio de uma mensagem pela televisão, Mikhail Gorbatchov comunicava a desintegração da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) em 25 de dezembro de 1991.

O fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), há duas décadas, não foi suficiente para pôr fim a uma série de conflitos que até hoje afligem os países que nasceram das cinzas do antigo regime comunista.

Veja um infográfico que relembra os principais fatos que levaram ao fim da URSS:

 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

2012: contagem regressiva para o fim do mundo?

Dizem por aí que o mundo acabará em 21 de dezembro de 2012, data em que teria terminado o ciclo de contagem do tempo do calendário Maia. Mas será esta a verdadeira interpretação da data?

Fabiano Vilaça

  • O Armagedon tem uma nova data. E como nas outras ocasiões em que o fim do mundo foi anunciado, surgiram inúmeras especulações sobre o trágico “espetáculo” do Juízo Final. Curiosamente, ao contrário do ano 1000 e das previsões de vários “profetas” que desfiaram um rosário de eventos apocalípticos, não se mencionou a volta do Messias, Jesus Cristo na tradição cristã. Talvez porque a tão falada profecia esteja ligada aos maias – civilização que se desenvolveu na Península de Yucatán, no sul do México, e na América Central, em regiões que hoje fazem parte da Guatemala, de El Salvador e de Honduras. Eles eram politeístas, ou seja, adoravam várias divindades, ligadas à natureza.
    Mas o que está no centro das recentes especulações apocalípticas é um dos diversos elementos da cultura maia que chegaram até os nossos dias: seu método de contagem do tempo. Eles idealizaram dois calendários: o religioso, com base na Lua, chamado Tzolkim(relacionado a aspectos da vida humana), tinha 260 dias divididos em 13 meses com 20 dias (kins) cada; o outro, Haab, mais parecido com o nosso, era o calendário agrícola (que organizava as etapas do plantio e da colheita), com 365 dias repartidos em 18 meses de 20 dias. Hábeis matemáticos, criaram um complexo sistema de sincronização – a “Roda Calendárica” – desses dois calendários, nada fácil de explicar. Em linhas muito gerais, a cada 52 voltas do Haab (um ciclo de 18.980 dias) correspondia um novo século, quando era realizada a cerimônia do fogo novo.
    Momento de renovação
    Para os maias, o fim de um ciclo é um momento de renovação, o início de uma nova era – o que desencadeou uma onda de mitos sobre o fim do mundo. O principal diz que o mundo acabará em 21 de dezembro de 2012. O dia é significativo no calendário justamente porque indica o fim de um ciclo e o início de outro, mas nenhum registro daquela civilização autoriza a afirmar que o mundo acabará naquela data, segundo Anthony F. Aveni, professor de Astronomia e Antropologia da Colgate University, de Nova York.
    Outras versões dão conta de que um tal Planeta Nibiru (ou Planeta X) estaria em rota de colisão com a Terra, o que não seria possível, pois, além de não haver dados concretos sobre a sua existência, se fosse entrar em choque com a Terra no ano que vem, hoje já poderia ser visto a olho nu, segundo o astrônomo Marcelo Gleiser. O professor de Astronomia e Filosofia Natural do Dartmouth College, nos Estados Unidos, ainda desmente a suposição de que um alinhamento galáctico envolvendo o Sol, a Terra e o centro da galáxia destruirá nosso planeta. Só que esse fenômeno acontece todo mês de dezembro.
    “Esse frenesi todo é irracional”, garante Marcelo Gleiser. Mas serviu, mais uma vez, de inspiração para a poderosa indústria cinematográfica norte-americana, que levou às telas “2012: o ano da profecia” (2009), uma superprodução que consumiu 200 milhões de dólares. Sucesso de bilheteria em vários países, como o Brasil, o filme mostrou que os mitos nascidos da credulidade humana ainda são generosas fontes de lucros. E, de quebra, enalteceu o esforço de reconstrução do mundo pelos Estados Unidos.

    Este artigo foi publicado na RHBN 63, Profecias. Para saber mais sobre previsões antigas sobre o fim do mundo, ler o dossiê desta edição
    .

sábado, 10 de dezembro de 2011

As Constituições brasileiras

Uma relação com algumas características das setes Constituições do Brasil, do Império à República.

Constituição de 1824
Constituição imperial do Brasil, promulgada em 25 de março de 1824. Parlamentarista e calcada no modelo inglês, acrescentou aos três poderes clássicos o poder moderador. Permitia a escravidão e negava os direitos políticos, vinculados à renda mínima anual, às mulheres, criados e religiosos.

Constituição de 1891
Primeira constituição republicana do Brasil, promulgada em 24 de fevereiro de 1891. Representou o pensamento liberal americano e levou ao estabelecimento do presidencialismo e do federalismo. Impôs a divisão de poderes, aboliu o poder moderador e instituiu o sufrágio universal masculino. Permitiu o voto a descoberto, fonte de muitas das fraudes eleitorais da República Velha e nenhuma referência fez às garantias sociais dos trabalhadores.

Constituição de 1934
Segunda constituição republicana do Brasil, promulgada em 16 de julho de 1934. Primeira a considerar a posição social dos trabalhadores, instituiu a justiça trabalhista. Inspirada nas constituições alemã e espanhola.

Constituição de 1937
Terceira constituição republicana do Brasil, outorgada em 10 de novembro de 1937 por Getúlio Vargas. Ampliou o poder e o mandato do presidente da república, restringiu a autonomia do judiciário, dissolveu os órgãos legislativos e declarou o estado de emergência. Inspirada nas constituições ditatoriais e anticomunistas da Europa da época, serviu de estrutura legal ao regime ditatorial.

Constituição de 1946
Quarta constituição republicana do Brasil, promulgada em 18 de setembro de 1946. Baseou-se na de 1934. De caráter liberal, evidenciou as múltiplas tendências políticas representadas na constituinte. Admitiu o exercício, pela União, do monopólio de indústrias e atividades, manteve o regime federativo e o sistema presidencial. Garantiu o direito de propriedade e ampliou as conquistas trabalhistas do Estado Novo. Foi revogada em 1967 pela ditadura militar.

Constituição de 1967
Quinta constituição republicana do Brasil, promulgada em 24 de janeiro de 1967. Preparada pelo governo militar e aprovada pelo Congresso sem discussão, foi praticamente revogada pelo Ato Institucional nº 5, de 1968, e modificada a partir da emenda constitucional nº 1, de 1969.

Constituição de 1988
Sexta constituição republicana do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988. Restringiu o conceito de empresa nacional e criou novas garantias constitucionais, como o mandado de injunção e o habeas data. Qualificou como crimes inafiançáveis a tortura e as ações armadas contra o estado democrático e a ordem constitucional, determinou a eleição direta do presidente, governadores e prefeitos e ampliou os poderes do Congresso. Sofreu revisão a partir de 1995.

domingo, 20 de novembro de 2011

Orgulho da cor

  • Em diálogo com outros países, o movimento negro brasileiro cresceu nos anos 1970 sob vigilância da ditadura, para se afirmar na democracia


    No Dia da Consciência Negra, a RHBN Online destacou um artigo dos pesquisadores Amilcar Araújo Pereira e Verena Alberti, publicado em setembro de 2008, que contra a história do movimento negro brasileiro em plena ditadura militar. O levante encorpou diante do assassinato do jovem negro Robson Silveira da Luz acusado de roubar frutas numa feira, e na discriminação sofrida por quatro meninos negros impedidos de treinar vôlei no time infantil do Clube de Regatas Tietê.
    As lutas, porém, começaram desde a abolição, como explica o artigo “Consciência de cor”, publicado em setembro de 2007. Em 1903, por exemplo, nascia o jornal “O Baluarte”, anunciado como “órgão oficial do Centro Literário dos Homens de Cor e dedicado à defesa da classe”. Era comum jornais dirigidos por negros denunciando o preconceito, defendendo o bom comportamento e apostando na formação de uma consciência racial
    Mas, como a luta continua, confira a programação culturalsobre consciência racial que acontece até o fim do mês em várias capitais do país.

     


     

    Por Verena Alberti e Amilcar Araujo Pereira
    O Serviço Nacional de Informações (SNI), criado em 13 de junho de 1964 com a finalidade de coordenar as atividades de informação e contra-informação em todo o país, produziu inúmeros relatórios sobre assuntos julgados pertinentes à Segurança Nacional durante o regime militar. Num deles, de 14 de julho de 1978, podemos encontrar um relato sobre a manifestação, nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo, daquilo que se tornaria mais adiante o Movimento Negro Unificado (MNU), uma das entidades do movimento negro surgidas no Brasil na década de 1970.

    Realizou-se em São Paulo, no dia 7 julho de 1978, na área fronteiriça ao Teatro Municipal, junto ao Viaduto do Chá, uma concentração organizada pelo autodenominado “Movimento Unificado Contra a Discriminação Racial”, integrado por vários grupos, cujos objetivos principais anunciados são: denunciar, permanentemente, todo tipo de racismo e organizar a comunidade negra. Embora não seja, ainda, um “movimento de massa”, os dados disponíveis caracterizam a existência de uma campanha para estimular antagonismos raciais no País e que, paralelamente, revela tendências ideológicas de esquerda. Convém assinalar que a presença no Brasil de Abdias do Nascimento, professor em Nova Iorque, conhecido racista negro, ligado aos movimentos de libertação na África, contribuiu, por certo, para a instalação do já citado “Movimento Unificado”.

    Esse documento, que se encontra no Arquivo Ernesto Geisel, depositado no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getulio Vargas, não é o único produzido pelos órgãos de informação da época sobre a atividade de militantes e organizações do movimento negro. Mas ele nos ajuda a situar a atuação desse movimento social na História do Brasil, mais especificamente no contexto da abertura política, iniciada em 1974. Desde o início da década de 1970, é possível registrar a formação de entidades que, como diz o relatório do SNI, buscavam denunciar o racismo e organizar a comunidade negra.

Dia Nacional da Consciência Negra - O Brasil é isso aí


20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra - "Consciência de igualdade, valor e atitude". Linda Música de Arlindo Cruz com a participação de Marcelo D2, que mostra um retrato fiel do nosso Brasil, miscigenado, multicultural e lindo.

Os estandartes do país, da Colônia à República


Bandeira da Ordem
de Cristo

(1332 - 1651)
A Ordem de Cristo patrocinou as grandes navegações portuguesas e exerceu grande influência nos dois primeiros séculos da vida brasileira. A cruz de Cristo estava pintada nas velas da frota de Pedro Alvares Cabral. Os marcos traziam de um lado o escudo português e do outro a Cruz de Cristo. Esta bandeira foi usada de 1332 até 1651.
Era a bandeira de Portugal na época do descobrimento do Brasil. Em 1495, o rei dom Manuel decidiu sobrepor a Cruz de Cristo ao brasão real. As bandeiras dos reis eram sempre as oficiais do reino. 
Bandeira Real
(1500 - 1521)
Bandeira de dom João 3
(1521 - 1616)
A bandeira desse rei, chamado de "Colonizador", tomou parte nas expedições exploradoras e colonizadoras, na instituição do Governo Geral na Bahia em 1549 e na posterior divisão do Brasil em dois governos, com a outra sede no Maranhão.
Dom João 3o morreu sem deixar herdeiros diretos. O próximo na linha de sucessão era Felipe 2o da Espanha, que criou em 1616 esta bandeira, para Portugal e suas colônias. Era a bandeira a época das invasões holandesas no Nordeste e ao início da expansão bandeirante, propiciada, em parte, pela "União Ibérica". 
Bandeira do Domínio Espanhol
(1616 - 1640)
Bandeira da Restauração
(1640 - 1683)
Também conhecida como bandeira de dom João 4o; foi instituída, logo após o fim do domínio espanhol. O fato mais importante que presidiu foi a expulsão dos holandeses do Brasil. A orla azul alia à idéia de pátria o culto de Nossa Senhora da Conceição, que passou a ser a padroeira de Portugal, no ano de 1646.
Primeira bandeira criada para o Brasil. Dom João 4o conferiu a seu filho Teodósio o título de "Príncipe do Brasil" e elevou a antiga colônia à condição de principado. O Brasil recebeu um emblema exclusivo, concedido pelo soberano: aesfera armilar de ouro passou a ser representada nas bandeiras de nosso país.
Bandeira do Principado
do Brasil

(1645 - 1816)
Bandeira de dom Pedro 2o, de Portugal
(1683 - 1706)
Esta bandeira presenciou o apogeu da epopéia bandeirante, que tanto contribuiu para nossa expansão territorial. É interessante atentar para a inclusão do campo em verde (retângulo), que voltaria a surgir na bandeira imperial e foi conservado na bandeira atual, adotada pela República.
Em 1600 Portugal ganha sua primeira bandeira oficial – até então a bandeira oficial do reino era a do rei. Esta bandeira foi usada como símbolo oficial do Reino ao lado das três bandeiras já citadas: a bandeira da restauração, a do Principado do Brasil e a bandeira de dom Pedro 2o, de Portugal. 
Bandeira Real Século 17
(1600 - 1700)
Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve
(1816-1821)
Criada em conseqüência da elevação do Brasil à categoria de Reino, em 1815, presidiu as lutas contra Artigas, a incorporação da Cisplatina, a Revolução Pernambucana de 1817 e, principalmente, a conscientização de nossas lideranças quanto à necessidade e à urgência de nossa emancipação política.
A Revolução do Porto, de 1820, fez prevalecer em Portugal os ideais liberais da Revolução Francesa, abolindo a monarquia absoluta e instituindo o regime constitucional, cujo pavilhão foi criado em 21 de agosto de 1821. Foi a última bandeira Lusa a tremular no Brasil. 
Bandeira do Regime Constitucional
(1821- 1822)
Bandeira Imperial
do Brasil

(1822 - 1889)
Criada por Decreto de 18 de setembro de 1822 e desenhada por Jean-Baptiste Debret era composta de um retângulo verde e um losango ouro, escolhidas por dom Pedro 1o, os ramos de café e tabaco indicados no decreto como "emblemas de sua riqueza comercial, representados na sua própria cor, e ligados na parte inferior pelo laço da nação". As 19 estrelas de prata correspondem às 19 províncias que o país tinha na época. Menos de quatro meses depois a coroa real que se sobrepunha ao brasão foi substituída por uma coroa imperial "a fim de corresponder ao grau sublime e glorioso em que se acha constituído esse rico e vasto continente", afirmava o decreto de 1º de dezembro de 1822.
Esta bandeira foi hasteada na redação do jornal "A Cidade do Rio", após a proclamação da República, e no navio "Alagoas", que conduziu a família imperial ao exílio.Tinha 21 estrelas de prata e era uma variante da bandeira do Clube Republicano Lopes Trovão. Uma versão local da bandeira norte-americana.Bandeira provisória da República
(15 a 19 Nov 1889)
A bandeira brasileira,
criada em 19 de novembro de 1889.
Projetada por Raimundo Teixeira Mendes, presidente do Apostolado Positivista do Brasil, e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares, nossa bandeira foi inspirada no pavilhão do Império. No lugar da coroa imperial, a esfera azul-celeste e a divisa positivista "Ordem e Progresso". Dentro da esfera está representado o céu do Rio de Janeiro, com a constelação do Cruzeiro do Sul, às 8h30 do dia 15 de novembro de 1889. Em 1992, uma lei alterou a bandeira para permitir que todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal fossem representados por estrelas.
Fonte: Academia Militar das Agulhas Negras
Arte: Lydia M.A.Olivieri

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Aprenda brincando... Proclamação da República

Muitas cidades brasileiras ergueram a sua Praça 15, nome carinhoso para uma data histórica, o 15 de novembro da Proclamação da República. Teste-se sobre aquela época de tensão entre militares e família imperial. 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Termos históricos: Ações Afirmativas

Rosa Parks
O termo ação afirmativa surigu nos Estados Unidos, na década de 1960, nos movimentos pela eliminação das leis que discriminavam a população negra. Uma dessas leis, por exemplo, obrigava os negros a ceder o lugar aos brancos no transporte público. Nos dia 01/12/1965 estorou uma revolta contra a discriminação no transporte público, quando a costureira negra Rosa Parks foi presa e multada por se recusar a ceder seu lugar a um branco, num ônibus na cidade de Montgomery, Alabama. A prisão de Rosa desencadeou um boicote de 381 dias ao transporte público, organizado por Martin Luther King Jr., pastor da Ibreja Batista. Em 1964, Luther King ganhou o Prêmio Nobel da Paz por sua luta pelos direitos civis nos Estados Unidos; em 1968, foi assassinado por um opositor.
Para alguns militantes, entretanto, não bastava acabar com essas leis; era preciso colocar em prática certas ações para garantir o acesso da população negra à educação e ao emprego, de modo a melhorar suas condições de vida e torná-las mais igulitárias em relação às do restante da população.
Nos Estados Unidos, as políticas de ação afirmativa tornaram-se lei, sendo adotadas pelo Estado e por gurpos privados. Em universidades e empresas, por exemplo, foi estabelecido uma cota mínima de vagas a serem preenchidas pela população negra.
Na Europa, essas práticas começaram a ser adotadas em 1976, com o nome de ação ou discriminação positiva. Desde então, as políticvas de ação afirmativa atingiram, além dos negros, também mulheres e minorias étnicas em diversos países, como Índia, Austrália, Nigéria, Cuba e Brasil.
No Brasil, essas políticas começaram a ser implantadas pelo Estao em 1995, com o estabelecimento de uma cota mínima de 30% de mulheres entre os candidatos de cada partida nas eleições. Em 2001, também foram estabelecidas cotas em cargos público e nas universiades para a população negra e indígena.


domingo, 6 de novembro de 2011

A Escravidão...




Vídeo com algumas imagens representando os quase quatro séculos de escravidão no Brasil, séculos de opressão, humilhação, violência, crueldade, insanidade, entre outras atrocidades cometidas contra os povos africanos que chegaram aos milhões nessas terras.
Ao comemorarmos em breve o Dia Nacional da Consciência Negra é importante refletirmos sobre o que passou em nossa História, para pensarmos em um futuro melhor, onde a cor da pele, credo, orientação sexual ou qualquer outra singularidade, não possa ser utilizada para discriminar alguém e que assim possamos agir para construirmos uma sociedade realmente democrática e cidadã.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Entre cantos e chibatas

A convite do blog do ims, a antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz analisou uma série de imagens que retratam o negro na sociedade brasileira e pertencem ao acervo do Instituto Moreira Salles. São fotos sobretudo do século 19, reveladoras de contradições de um período em que o Brasil teve fotógrafos de objetivos distintos, que vão da criação de uma imagem apaziguadora da escravidão ao levantamento amplo das diferentes funções dos escravos até a Abolição.
Bloco 1: Deusas e mucamas
Nesta primeira parte, Lilia Schwarcz observa as semelhanças e disparidades nas imagens capturadas ao ar livre ou em ateliê. A antropóloga se apoia em definição de Susan Sontag, segundo a qual a “fotografia serve à mentira”, para definir o que é jogo de cena. E é justamente esse falseamento que ela identifica nos ateliês dos fotógrafos: “Tudo é uma mentira, tudo é uma composição”. Chamam atenção as negras expostas como mulheres sensuais e aquelas que se ornam com fidelidade às origens.

A origem do Dia de Finados

O Dia dos Fiéis Defuntos ou Dia de Finados, (conhecido ainda como Dia dos Mortos no México), é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de novembro.

William-Adolphe Bouguereau (1825-1905) 

 The Day of the Dead (1859)

Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, Santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos. A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), e se apóia em uma prática de quase dois mil anos.
Os Protestantes em geral, afirmam que a doutrina da Igreja Católica, que recomenda a oração pelos falecidos, é desprovida de fundamento bíblico. Segundo eles, a única referência a este tipo de prática estaria em II Macabeus 12,43-46. Porém os protestantes não reconhecem a canonicidade deste livro, por tanto não cultuam esse dia.
No México é comemorada a festa do dia dos mortos, uma festa bem característica da cultura mexicana e que atrai muitos turistas.

Fonte: Wikipédia

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Saindo da rotina... Seria hilário se não fosse trágico.

O SEGREDO... 
  
Um médico saiu a caminhar e viu essa velhinha da foto sentada no banco de uma praça fumando um cigarrinho.
 
Aproximou-se e perguntou:
 
"Nota-se que está bem, qual é seu segredo??
 
Ela  então respondeu:
 
"Sou PROFESSORA, durmo às 4 da manhã elaborando provas, me levanto às 6.    Nos fins de semana não pratico esportes, não me divirto. Trabalho corrigindo avaliações, organizando as aulas, preenchendo    DIÁRIO    de classe, lançando a nota do Estado na internet (putz!),fazendo planejamentos, procurando músicas para passar para os alunos, procurando vídeos na INTERNET para não deixar as aulas MONÓTONAS, não tenho tempo para os meus filhos, só para os FILHOS DOS OUTROS, todo final de semana estou sempre com algo para elaborar ou corrigir, inclusive nos feriado, como hoje 1º DE MAIO, DIA DO TRABALHO. Não tomo café da manhã, não almoço e nem janto porque não dá tempo.
 
O doutor então exclamou:
 
- "Mas isso é extraordinário". A senhora tem quantos anos?
  

     37, respondeu-lhe a velhinha.... 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Os Caifases


Antonio Bento de Souza e Castro
(1843-1898)
Os caifases foram organizados por Antônio Bento, filho de um farmacêutico, nascido em são Paulo em 1841. Bento frequentara a Faculdade de Direito e depois de formado fora juiz de paz e juiz municipal. Nos cargos que ocupou, procurou sempre defender os escravos seguindo os passos de Luís Gama. Profundamente religioso, colocou a religião a serviço dos escravos e da sua emancipação. Desde jovem, participou do movimento abolicionista. Organizou uma sociedade secreta  com sede na confraria dos homens negros da Igreja Nossa Senhora dos Remédios, em São Paulo. reunia um grupo de pessoas pertencentes às mais variadas camadas sociais: negociantes como Abílio Soares e Costa Moreira, farmacêutico como Luís Labre e João Cândido Martins, advogados, jornalistas, operários, cocheiros, artesãos e estudantes da Faculdade de Direito, brancos, pretos e mulatos. Em seu jornal, A Redempção, concitava o povo a combater a escravidão com todos os meios de que dispunha.
         Os caifases denunciavam pela imprensa os horrores da escravidão, defendiam na justiça a causa dos escravos, faziam atos públicos em favor da sua emancipação, coletavam dinheiro para alforrias e protegiam escravos fugidos. Suas atividades não paravam aí. Perseguiam também aos capitães-do-mato incumbidos de apreender escravos fugidos, sabotavam a ação policial e denunciavam os abusos cometidos por senhores, expondo-os à condenação pública. Procuravam, ainda através da imprensa e da propaganda, manter a população constantemente mobilizada.
         Os caifases operavam tanto em São Paulo quanto no interior das províncias instigando os escravos a fugir, fornecendo-lhes os meios, protegendo-os durante a fuga. Retiravam-nos das fazendas onde viviam como escravos, para emprega-los em outras como assalariados. Encaminhavam-nos para pontos seguros, onde os escravos poderiam escapar à perseguição de seus senhores. Um destes lugares era o famoso Quilombo Jabaquara, que se formara nos morros dos arredores de Santos. Este quilombo chegaria a reunir mais de 10.000 escravos fugidos. Emília Viotti da Costa. A Abolição. São Paulo, global, p.83-84.

domingo, 23 de outubro de 2011

Brasil e a Inquisição

As heranças da Inquisição, presentes até hoje no Brasil, podem ser reavivadas com a reforma do Código de Processo Penal

Cristina Romanelli

  • Quadro de uma pessoa sendo queimada na fogueira. Wikimedia Commons
    Quadro de uma pessoa sendo queimada na fogueira. Wikimedia Commons
    A Inquisição em Portugal e nas colônias pode ter acabado oficialmente em 1821, mas, pelo menos no Brasil, suas chamas continuam acesas, ainda que discretamente. Em breve, a Câmara dos Deputados terá a chance de reavivá-las. Nada de perseguições, torturas ou bruxaria: o único instrumento necessário é um projeto de reforma do Código de Processo Penal, já aprovado pelo Senado. Como em uma viagem no tempo, o projeto propõe a criação de um modelo de juiz que surgiu nos primórdios da Inquisição espanhola e nunca mais foi utilizado. Diferentemente do sistema atual, esse juiz passa a poder apresentar provas a favor do réu.
    O chamado “juiz-defensor” era importante para neutralizar um depoimento de acusação que tivesse o objetivo de prejudicar o réu. Ele surgiu nas Instruções do primeiro inquisidor-geral espanhol, Tomás de Torquemada, em 1484. Mas, e hoje? Qual seria o benefício desse tipo de juiz para a Justiça brasileira? “Não sei qual o lado bom, pois esse juiz é tendencioso, já nasce tendo que proteger o réu. Mas se você for acusado, vai preferir um juiz que fique do seu lado ou um juiz isento? Daí dá para se ter uma ideia de quem propôs isso”, ironiza Mauro Fonseca Andrade, promotor de Justiça do Rio Grande do Sul e autor de Inquisição espanhola e seu processo criminal – As Instruções de Torquemada e Valdés (2006).

    'Juiz-defensor' criticado
    O projeto ainda não tem data para ser analisado na Câmara, mas já vem sendo criticado por vários juristas e organizações. “O sistema judiciário brasileiro não tem juízes suficientes; essa ideia está fora da realidade. Além disso, o juiz tem que ser imparcial; essa mudança vai contra os princípios da democracia brasileira”, protesta Gabriel Wedy, presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros.
    Talvez a criação da figura do juiz-defensor nunca seja aprovada. De qualquer modo, ela seria só mais lenha na fogueira, pois no Brasil não faltam heranças da Inquisição – e a Justiça concentra boa parte delas. Dois exemplos positivos são a concessão de defensor público a quem não tem dinheiro para pagar um advogado e a figura do Ministério Público, criada na esfera inquisitorial, mas ainda no fim da Idade Média. Naquela época, a Igreja e a Coroa tinham uma espécie de funcionário chamado “fiscal”, encarregado de apresentar acusações à Inquisição. “Isso acontecia justamente porque os particulares não tinham intenção ou então tinham medo de acusar quem cometia algum crime ou praticava heresia”, explica o promotor Andrade. Ainda hoje, na Espanha, o nome do órgão equivalente ao nosso Ministério Público é Ministerio Fiscal.
    O segredo de processo é outra herança desse período. Na Idade Média, ele era uma forma de os inquisidores manterem maior controle sobre as ações. Antes disso, os julgamentos eram públicos e chegavam a ter a presença de até seis mil pessoas. Essa participação permitia uma espécie de fiscalização popular. Mesmo com o fim dessa plateia, os acusados não ficaram totalmente desamparados: surgiu na mesma época o recurso em benefício do réu. Em alguns países, passou a ser possível recorrer das decisões impostas pelo tribunal. A francesa Joana D’Arc (1412-1431), por exemplo, só pôde apelar ao papa por causa deste recurso. Ele não foi tão eficaz quanto o esperado, mas retardou sua morte.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Primeira Guerra Mundial (1914-1918)


Entre 1871 e 1914, durante a chamada belle époque, a sociedade européia, liberal e capitalista, passou por uma das fases de maior prosperidade. O desenvolvimento industrial trouxe para boa parte da população um conforto nunca antes experimentado, enquanto a ciência e a técnica abriam possibilidades inimagináveis de comunicação e transporte, com a invenção do telégrafo, do telefone e do automóvel.

Entretando, as disputas territoriais entre as potências e a má distribuição dos benefícios do progresso entre a população criavam um clima de instabilidade constante. O risco de um confronte iminente pairava no ar. Até que, em 1914, as previsões se confirmaram, com o início da "guerra que ia acabar com todas as guerras", como se constumava dizer na época. Na prática, não foi isso que o mundo assistiu. Outro conflito, maior e ainda mais devastador, iria eclodir 25 anos depois.


A expressão Grande Guerra, cunhada para o conflito que pela primeira vez na história envolveu todo o planeta, se justifica pelas proporções que o confronto alcançou, pelo aparato bélico que foi mobilizado e pela destruição devastadora que provocou. As novas armas, fruto do desenvolvimento industrial, e os métodos inéditos empregados nos combates deram aos países capitalistas o poder quase absoluto de matar e destruir.

Por volta de 1914, havia motivos de sobra para o acirramento das divergências entre os paíseseuropeus. Era grande, por exemplo, a insatisfação entre as nações que tinham chegado tarde à partilha da África e da Ásia; a disputa ostensiva por novos mercados e fontes de matérias-primas envolvia muitos governos imperialistas; e as tensões nacionalistas, acumuladas durante décadas, pareciam prestes a explodir. O que estava em jogo eram interesses estratégicos para vencer a eterna competição pela hegemonia na Europa e no mundo.

--> Resumo completo: Primeira Guerra Mundial 

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